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«Não é uma doença mortal mas tem grande impacto na qualidade de vida dos doentes que dela padecem e igualmente na perda de dias de trabalho e nos gastos em saúde." 

Introdução

Não é uma doença mortal mas tem grande impacto na qualidade de vida dos doentes que dela padecem e igualmente na perda de dias de trabalho e nos gastos em saúde. A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio funcional, ou doença crónica que envolve o tubo digestivo, de forma mais acentuada o intestino delgado e cólon.

Origem

É conhecida há muitos séculos, conhecendo-se a primeira descrição num papiro datado do século III A.C. É muito frequente na Europa e em Portugal, com uma prevalência estimável de 25 a 30% da população, atingindo crianças e adultos.

Causas

A sua causa é muito complexa e reside numa alteração do eixo cérebro-intestinal, com perturbação da motilidade e perturbação alterada do sistema nervoso central e do tubo digestivo, provocando hiperalgesia (aumento da dor).

Outros Fatores

Outros fatores são o regime alimentar, a microbiota (flora intestinal) e fatores hormonais (o intestino é o órgão que mais hormonas produz no nosso organismo) e fatores de ordem psíquica. Dos mais importantes, a alimentação “per si”, raramente está associada a sintomas, estes surgem porque há uma sensibilidade intestinal aumentada, com libertação de substâncias químicas inflamatórias da parede intestinal.

Esta sensibilidade muito raramente está associada a alergias alimentares, mas sim, a intolerância aos alimentos e aditivos alimentares e como se disse por hipersensibilidade da parede intestinal que pode não acontecer dias depois. Por isso muitas vezes os pacientes afirmam, “estou com estes sintomas desde que comi isto ou aquilo, mas como-os noutros dias sem me fazerem mal”.

Sintomas

Os outros sintomas são a dor abdominal de intensidade e duração variável, as alterações do funcionamento do intestino, quer a obstipação quer a diarreia, ou a alternância das duas (e daí a designação de colite seca ou húmida (consoante haja obstipação ou diarreia) e a distensão abdominal que se acentua durante o dia (barriga inchada).

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, com colheita das queixas do paciente com pormenor. Não há análises, ou outros exames que façam o diagnóstico.

Mas porque é facilmente confundível com outras doenças como tumor do cólon (intestino grosso), doenças inflamatórias ou doenças infeciosas, essas doenças de maior risco têm de ser excluídas.

Daí a necessidade frequente de fazer exames, análises, ecografias e endoscopias, quer ao estômago onde se observa também o esófago e o duodeno, quer ao cólon.

Tratamento

O diagnóstico é clínico, com colheita das queixas do paciente com pormenor. Não há análises, ou outros exames que façam o diagnóstico.

Não há tratamento que cure a doença. É necessário envolver o paciente nas decisões terapêuticas, alterações do estilo de vida nomeadamente alimentar, combater o sedentarismo e a obesidade e eliminar o consumo tabágico e alcoólico em excesso. Muitas vezes será necessário recorrer à colaboração de um Nutricionista ou de um Psicólogo com experiência nesta área.

Papel da Gastrenterologia

Envolver e partilhar com o paciente as decisões que há necessidade de tomar, quer a nível diagnóstico quer a nível terapêutico. Fazer o diagnóstico da doença. Tomar as primeiras e mais importantes alterações do regime alimentar e medicação para alívio dos sintomas mas não curar a doença.

 

 

Especialista em Gastrenterologia na Clínica São João de Deus
Martins Neves,

10 de março de 2021

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