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"Trata-se de uma doença crónica do ouvido, de carácter benigno, caracterizada por crises de vertigem, provocadas por uma hipertensão brusca dos líquidos do ouvido interno (hidropsia endolinfática). "

Introdução

Foi assim chamada por homenagem ao médico francês que primeiro a descreveu. Trata-se de uma doença crónica do ouvido, de carácter benigno, caracterizada por crises de vertigem, provocadas por uma hipertensão brusca dos líquidos do ouvido interno (hidropsia endolinfática). Acompanha-se de perda de audição e zumbidos.

Sintomas

Na fase de crise, a vertigem é intensa, (o doente vê tudo a andar à roda), há desequilíbrio, mal-estar, náuseas, sudação e por vezes vómitos. O doente procura segurar-se para não cair. Faz tudo para ficar imóvel porque qualquer movimento da cabeça agrava a vertigem. Pode haver ainda zumbido e pressão no ouvido afectado. A duração do ataque varia entre 30 minutos e algumas horas ou mesmo dias. A recuperação em geral é boa.

Causas

Desconhecida.

Diagnóstico

faz-se pela história clínica, pelo exame objectivo oto-neurológico e por exames audiométricos. Fazem suspeitar de doença de Ménière, o facto de ser unilateral, não se detectar causa que a provoque, recuperar rapidamente e sem sequelas e não se acompanhar de outros sintomas gerais ou otológicos tais como dor, inchaço ou purgação pelos ouvidos.

Evolução

A doença evoluciona por crises. Estas podem ser únicas ou repetir-se com intervalos de meses ou anos. Após o primeiro ataque fica sempre alguma perda de audição, devido a um verdadeiro «terramoto» para as estruturas do ouvido interno (células, pilares de suporte), lesadas pelo aumento brusco da pressão sofrida. No início a perda de audição é flutuante. Porém com a repetição das crises torna-se permanente e pode ser muito grande. O zumbido é contínuo e muito incómodo. A reabilitação vestibular impõe-se nos casos em que persiste instabilidade e desequilíbrio.

O diagnóstico diferencial faz-se sobretudo com outras doenças do ouvido que causam vertigem periférica; labirintite (vírus, bactérias), nevrite vestibular, fístula do labirinto, vertigem paroxística de posição (a chamada doença dos cristais). Compete ao especialista ORL estar muito atento à evolução da doença e pedir todos os exames necessários ao completo esclarecimento da situação.

As vertigens de causa central têm geralmente outros sinais e sintomas associados que permitem fazer o diagnóstico.

Tratamento da crise

Repouso no leito, ansiolíticos, calmantes do labirinto e beta-histina. Se há vómitos pode ser necessária usar via IM ou EV. É preciso acalmar o doente porque este fica muito ansioso e teme ter tido um acidente vascular cerebral.

Prevenção

O aparecimento de novas crises é imprevisível. Recomenda-se uma vida calma, sem stress, uma dieta com pouco sal, controlo da tensão arterial e da glicemia. Evitar bebidas excitantes como o café, o chocolate e certos tipos de chá. Se a repetição dos ataques for frequente podem usar-se ansiolíticos, vasodilatadores e diuréticos.

Nos casos graves e incapacitantes está indicado o tratamento cirúrgico.

 

 

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