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"No que respeita ao tratamento devem ser sempre esgotados os tratamentos médicos “não agressivos” e recorrer aos outros métodos, nomeadamente cirúrgicos, depois do insucesso dos primeiros."

Como se tratam

No que respeita ao tratamento devem ser sempre esgotados os tratamentos médicos “não agressivos” e recorrer aos outros métodos, nomeadamente cirúrgicos, depois do insucesso dos primeiros.

De um modo geral a crise dolorosa é sempre tratada na fase aguda com repouso absoluto e medicamentos injetáveis. Com o alívio dos sintomas o repouso passa a relativo, mantém-se a medicação, injetável ou oral, e podem iniciar-se tratamentos de Medicina Física, isto é, de Fisioterapia, Osteopatia, Acupuntura ou outros. O recurso a uma cinta ortopédica lombar, ou colar cervical, em certas condições pode ser vantajosa. Passadas as dores mais intensas é benéfica a tonificação muscular abdominal e para vertebral, através do recurso à hidroginástica e natação. Se a situação evoluir favoravelmente segue-se o retorno à actividade habitual. Esta é, felizmente, a ocorrência mais habitual, isto é, a maioria dos doentes melhoram com os tratamentos mais simples, sem recurso a outras práticas mais agressivas.

Caso contrário, se as queixas persistirem pode haver lugar a tratamentos mais especializados nos quais se incluem:

  1. Infiltrações epidurais
  2. Infiltrações, neurólises, nucleólise com Ozono ou Discogel
  3. Tratamentos com Radiofrequência ou outros métodos térmicos
  4. Cirurgia

As infiltrações epidurais e os tratamentos com Ozono e com correntes de Radiofrequência são métodos paliativos que ajudam a melhorar uma situação dolorosa nos casos em que os métodos mais conservadores, não se mostram eficazes e as situações clínicas, dolorosas se arrastam de forma crónica.

No que respeita à cirurgia, é possível recorrer a vários tipos de técnicas, conforme a situação clínica e imagiológica de cada doente. Abaixo discriminam-se os métodos de tratamento cirúrgico, mais utilizados:

  1. Discectomia (Remoção do disco) manual ou aspirativa, percutâneas
  2. Cirurgia Mini — Invasiva com endoscopia percutânea
  3. Cirurgia Microscópica
  4. Cirurgia a “céu aberto”, tipo clássico, simples ou com instrumentação

Cada uma destas técnicas tem as suas indicações próprias:

A Discectomia percutânea com anestesia local e sedação, para os casos de hérnia discal contida, não extrosada ou com fragmento discal migrado.

A Cirurgia Mini — Invasiva com endoscopia, sob anestesia local e sedação, para as situações de hérnia discal lateralizada a um dos lados, extrosada, mas não migrada. É uma técnica recente entre nós e, ainda não há muita experiência acumulada.

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Fig I: As figuras evidenciam a técnica de implantação do endoscópio para permitir remover uma hérnia discal com anestesia local, através de um “tubo”, com uma incisão mínima na pele.

A Cirurgia Microscópica, usualmente efetuada sob anestesia geral, a cirurgia é executada com o microscópio cirúrgico:

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Fig II: Especto de um procedimento efetuado com microscópio cirúrgico, habitualmente efetuado sob anestesia geral, através de pequenas incisões na pele.

A cirurgia a “céu aberto” é a forma clássica de operar com exposição da coluna vertebral, através da abertura e descolamento de toda a massa muscular. A maior parte destas cirurgias são efetuadas através de laminectomias, isto é, com remoção da parte posterior das vértebras. Este procedimento é desnecessário, pois, para remover uma simples hérnia, ou para descomprimir os nervos raquidianos, nos casos de estenose ou aperto do canal vertebral, basta recalibrar o canal vertebral, preservando todos os componentes da coluna, sem os remover na sua totalidade. Mais tarde este tipo de procedimentos pode acarretar instabilidades vertebrais, que originam dores e podem vir a necessitar de correção cirúrgica.

Em geral, este tipo de cirurgias não acarreta riscos, sobretudo se efetuada por cirurgiões experientes. Acompanha-se, sim, de alguma morbilidade no pós-operatório imediato e tardio, devido ao descolamento muscular que pode acarretar dores lombares e, por vezes, levar à formação de fibrose dentro do canal vertebral, no local operatório, podendo ocasionar sintomas de tipo neuropático.

Comentários

Em regra adaptam-se as várias técnicas cirúrgicas à situação, particular, de cada doente. De um modo geral e sempre que possível devem procurar-se técnicas mini — invasivas, como são as duas primeiras, através das quais se consegue o objetivo de aliviar a pressão sobre o nervo comprimido, com um procedimento:

  • Que não lesa os tecidos de suporte da coluna vertebral, em particular os músculos para vertebrais.
  • Que é efetuado através de cicatrizes mínimas. No caso das discectomia percutâneas e da cirurgia endoscópica as incisões são inferiores a um (1) centímetro, na dimensão correspondente ao diâmetro dos tubos dos instrumentos.
  • Que ao abordar a coluna lateralmente e não pela linha média, evita a formação de fibrose no período pós — operatório.

Nestas condições ao não lesar os tecidos, ao necessitar de incisões mínimas, ao evitar a formação de fibrose junto aos nervos raquidianos, permite reduzir a morbilidade associada a estes procedimentos, não só no período imediato à cirurgia, como no médio e longo prazo.

As cirurgias efetuadas sob microscópio também requerem pequenas incisões, separam os tecidos sem os lesar, mas não evitam a fibrose na região lombar, visto que, na maioria das vezes, é necessário abordar a coluna vertebral pela linha média.

Quanto às cirurgias a “céu aberto”, tradicionais, são as que mais expõem os elementos nervosos e as que mais necessitam de dissecção das massas musculares. Neste especto são as que podem acarretar uma maior morbilidade, nomeadamente dores residuais na região lombar e membros inferiores.

De todo o modo, em qualquer dos tipos de cirurgia, seja mini — invasiva, microscópica ou tradicional, os riscos inerentes a todo este tipo de procedimentos são mínimos, se efetuados por cirurgiões experientes.

 

 

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